Oiii! sou o Jason, conteudista do Tramittando.  

Bibliotecário, pai, servidor público e "outras cousas"...

Seja bem-vindo aos meus cadernos de estudo de Lei Seca.

Quando me iniciei na preparação para concursos sempre foquei no conteúdo específico/técnico porque era o que eu já tinha um domínio maior.  De certa forma isso era uma desculpa que eu me dava para não precisar estudar, confiando que o que eu já sabia seria tudo o que precisava para ser aprovado. Olhando para os lados, percebi que a maioria das pessoas "pseudo concurseiras" pensavam igual

Só que neste ponto comecei a perceber que muitos concorrentes ainda tinham mais experiência e conhecimento que eu na mesma área em que estávamos concorrendo. Portanto, eu precisava me diferenciar e encontrar um outro caminho para pontuar mais que eles e equilibrar as coisas. 

Foi aí que me ocorreu uma ideia - simples - mas que até então nem passava pela minha cabeça.

Antes disso, preciso  contar que não venho de uma família letrada ou erudita. Meus pais sempre incentivaram eu e minha irmã a estudar, mas nunca com direcionamento "faça isso", "estude aquilo", "essa formação tem bastante espaço", "tal profissão é melhor". Nada! Era simplesmente o ato de completar os estudos e fazer uma faculdade.  Ter uma formação em qualquer coisa, ser "estudado".

Somando-se a isso,  minhas dificuldades de memorização e concentração sempre me levaram ao objetivo de somente ser aprovado nas disciplinas e passar de ano. Ou seja, aprender de verdade nunca foi algo que tive pra mim. Outro agravante foi o estudo fraco e falta de incentivo das escolas que estudei.

Por conta disso, meu cérebro acostumou-se ao conforto e não foi exercitado ao longo de toda minha. Nem preciso contar sobre a dificuldade de concentração e memorização que isso ainda me traz, mas hoje tenho consciência do problema e consigo superar com disciplina e novos hábitos. Mas precisei de "meia vida" para entender e ainda corro atrás dos prejuízos.

Confesso que os dois primeiros, dos três concursos em que fui aprovado, foram quase golpes de sorte. Tentei "estudar" ao meu modo o conteúdo específico e geral dos editais, mas foi tudo muito superficial, quase "correndo os olhos". O resultado veio, mas acredito que foi mais por conta do azar dos concorrentes.

Em 2022, depois de cerca de 14 anos no serviço público e duas nomeações, resolvi arriscar novamente.  Fiz outras provas nesse meio tempo, mas o modo de preparo ainda era o mesmo método medíocre de sempre. 

Lembra que eu comentei que precisava me diferenciar em algo. Sim, chegou a hora.

Além de ter consciência de que agora precisava aprender a estudar (retenção de médio e longo prazo) e de fato dedicar-me à tarefa da preparação, precisava de estratégia. E qual foi ela?

Se o pensamento da grande maioria ainda era confiar no conhecimento técnico e específico, eu precisava ganhar pontos nas outras disciplinas exigidas. Foi aí que caiu a ficha. Não tinha mais como fugir disso. Precisava aprender a tal da língua portuguesa, outros assuntos dos editais e claro, legislação.

Mas como aprender legislação se a gente nem via  isso na escola.  É um tipo de texto completamente estranho para o cidadão comum. Como fazer?

Aos poucos fui entendendo os meandros da coisa toda. Estudei um pouco de legística e compreendi a dinâmica das provas.  Vi que a maioria das questões  - ao menos naqueles concursos de dificuldade média e nos quais sempre me inscrevi  - cobravam o texto da lei (Lei seca) e não sua interpretação.

E como fazer para me familiarizar e memorizar isso? 

Poderia decorar ou ler dezenas de vezes o mesmo texto. Poderia buscar entender e interpretar o que diz cada a redação?

Mas isso seria um processo muito moroso. E acredite, quando o cidadão comum se prepara para um prova não tem todo o tempo do mundo disponível para isso. Não estou falando de concurseiros ou estudantes de alto desempenho que tem preparo mental, hábito de estudo, tempo e dedicação para isso. Estou falando de nós que temos família, trabalhos em período integral e outros compromissos. Estou falando da maioria de nós que não podem abrir mão da vida pessoal para dedicar horas e horas de preparo para uma prova de concurso ou processo seletivo sem saber se isso realmente dará resultado.

Existem ainda tantos outros que nem conseguem dias e meses a fio em cima de uma mesma rotina. Eu, por exemplo, tenho um tempo de preparo para um concurso  que não passa de 60 dias. E não é porque não quero, é porque não consigo! Fico cansado, entediado, a distração aumenta, o foco se perde. Faz parte do meu "eu" e tenho que lidar com isso. 

Mas enfim, voltando ao assunto do preparo com textos de lei, precisei criar algo que fosse viável pra mim e desse resultado. E é isso que compartilho com você aqui nestes webcadernos: o meu formato de preparo para provas que cobram texto de Lei Seca.

Espero que possa te ajudar, assim como me ajudou!

Abraços,